É tudo tão simples, e no entanto contigo tudo parece ter uma perplexidade sem medida...
Sou capaz de ser a única pessoa que está ao teu lado que te compreende, não me aborreço, aceito os dias de tempestade, não imponho nada, nem mesmo a minha presença. Deixo-te completamente à vontade para seres tu, para viveres, para saires, porque afinal acho que só assim se mantém uma relação... Tens o teu espaço e eu tenho o meu, e temos o nosso.
No entanto, parece-me que tu não vais passar daí, sinto que tens medo do que possas sentir, tens medo que o que sentes, te tire a tua liberdade quando o gritares ao mundo, a mim... e eu não sei em que parte de toda esta história te fiz crer que esse seria o desfecho...
Respeito-te, e amo-te, amo-te tanto que me dói não puder dizer-te.
Amo acordar ao teu lado todos os dias, mesmo que tenha de sair da cama 3h antes de ti, amo ouvir-te resmungar a que horas queres acordar, amo quando me dizes de olhos fechados "leva o casaco que está frio" ou "tem cuidado na rua a esta hora da manhã está tudo a sair dos bares"... adoro quando reclamas porque não te liguei nenhuma, e adoro quando me dás muitos beijinhos sem ter que te pedir.
Mas sinto-me tão pequenina como um grão de areia quando estás zangado com o mundo, e por consequência me pões ao seu lado, odeio, porque eu mais que ninguém compreendo o que estás a sentir, mas tu não vês,
tu não queres ver, e eu continuo a amar-te com a mesma intensidade, só não te digo.