Friday, May 6, 2011

Não sabemos bem, até ao dia em que sabemos.

Como é que hei-de explicar isto de maneira a que não debite 500 palavras por minuto!?
Nunca sabemos que o que sentimos pela pessoa que está ao nosso lado até ao dia em que sentimos uma dor insuportável, uma sensação de impotência que nos desgasta e consome a alma.
Nunca sabemos bem, até ao dia em que mesmo com as lágrimas a escorrerem na face, o coração pequenino, o estômago às voltas e as pernas a tremer lhe dizemos que compreendemos que ele necessite de estar em silêncio por algumas horas, quando o que nos apetece é estar lá ao lado, a segurar-lhe a mão, a afagar-lhe o cabelo, e a dizer com um sorriso enorme que tudo vai ficar bem, ainda que por dentro nos apeteça imenso gritar com o mundo.
Nunca sabemos que essa sensação de impotência, essa angústia, essa tristeza, são aquilo a que se chama de "amor", aquilo que nós não queríamos ser o primeiro a sentir ( pq a experiência sempre nos pregou uma rasteira e nunca fomos amados da mesma maneira) pq sabemos que emocionalmente, o outro está danificado, e que as chances de que nós sejamos a "cura" são mínimas...
Desconfiamos, mas nunca sabemos... nunca até ao dia em que sentimos tudo isto, e a única coisa que podemos fazer, é ficar sossegados há espera que passe o momento do silêncio, e o nosso ruído seja pedido...


não sabemos bem, até ao dia em que sabemos.
Hoje é provavelmente o dia em que eu sei que te amo, e aquele em que tenho a certeza que não te posso dizer que te amo.



Não sabemos bem, até ao dia em que sabemos!

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